Na verdade, isso é até uma questão de lógica, afinal nós somos parte da natureza também, então é natural que essa relação de completude se manifeste. Ainda assim, nem todo mundo tem intimidade com os elementos da natureza e, se você é do tipo que sempre precisa de motivos fortes para mudar de hábitos, confira a seguir uma série de benefícios que um contato mais profundo com a natureza pode trazer à sua vida
1 – Sol = vitamina D
Ainda que ela esteja presente em alguns grupos de alimentos (ovos, peixes e leite, por exemplo), o sol é um excelente ativador dessa substância. Para você ter ideia, em cidades mais nubladas é comum que a população tenha deficiência dessa vitamina, então só por aí já dá para entender que a exposição ao sol, nos horários de menor risco e por períodos de 15 minutos, é fundamental.
No nosso corpo, a vitamina D atua melhorando a absorção de cálcio, além de estar relacionada à melhora de humor e à redução do risco de desenvolver câncer, doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e diabetes. Por ser capaz de provocar relaxamento dos vasos sanguíneos, ela também melhora a circulação sanguínea e diminui a pressão arterial.
2 – Mais benefícios do sol
A luz solar não é uma ótima influência apenas no que diz sentido à produção e absorção de vitamina D; na verdade, o hormônio melatonina, que é responsável por regular o nosso relógio biológico, precisa de luz para ser produzido. Se você tem problemas para dormir cedo e acordar cedo, adivinha o que pode ser uma boa ajuda? Isso mesmo: tomar sol.
3 – Uma questão de saúde mental
Muitas vezes nem percebemos, mas vivemos tão cheios de tarefas, preocupações e obrigações que vamos, aos poucos, dando combustível ao estresse, à depressão, à ansiedade e a tantos outros males provocados pela sobrecarga de atividades.
Quando a coisa fica mais grave, é fundamental procurar orientação médica e psicológica, e uma das maneiras de evitar que a situação se agrave demais é buscar uma forma de estar em maior contato com a natureza. Se a ideia é esvaziar a cabeça, procure um cenário natural e aproveite.
4 – Foco
Outro efeito colateral do excesso de tecnologia e de informação é a dificuldade de concentração – são raras as pessoas que conseguem se sentar diante de um computador e realizar apenas uma tarefa. Se o objetivo é fazer um relatório, por exemplo, é bem possível que o navegador tenha inúmeras abas abertas, muitas sem qualquer relação com o assunto do relatório.
Um estudo realizado pela Universidade de Wisconsin revelou o que para muita gente já era óbvio: passar um tempo em contato com a natureza, de preferência sem interferências tecnológicas, é uma ótima forma de deixar os problemas e o estresse de todo dia em segundo plano. Dessa forma, ficamos mais focados e conseguimos realizar nossas tarefas de um modo melhor.
5 – Seu cérebro agradece
Por mais que nosso órgão pensante seja capaz de executar tarefas que nem mesmo a Ciência conseguiu desvendar ainda, isso não significa que damos conta de tudo. Na verdade, o cérebro também precisa de descanso.
Só para você ter ideia, ele necessita de 20% de toda a energia que o corpo humano produz – esse valor aumenta em até 10% quando precisamos nos focar em algum tipo de desafio mental. O fato é que mesmo quando estamos descansados, o cérebro continua trabalhando – ainda bem!
Quando as pessoas estão com suas mentes vagando, o que acontece muito mais facilmente com quem está em contato com a natureza, o cérebro entra em um estado conhecido como “rede neural em modo padrão”, que é um complexo sistema de comunicação coordenada entre todas as partes dele.
Essa atividade é fundamental durante o processo de desenvolvimento ou compreensão do comportamento humano, o que nos ajuda a entender melhor nossa própria identidade.
6 – O problema ainda é estresse?
Um estudo holandês revelou que passar tempo na natureza e realizar tarefas relacionadas a ela, como cuidar de um jardim ou de uma horta, é um melhor combatente do estresse do que atividades de lazer. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores observaram as respostas de dois grupos de voluntários, que realizaram atividades estressantes e, em seguida, tiveram um tempo de descanso.
Um grupo de pessoas foi instruído a ficar em um ambiente fechado, lendo, enquanto outro deveria realizar atividades de jardinagem durante 30 minutos. Os jardineiros não apenas relataram um estado de humor melhor do que os leitores, como ainda tiveram registros de queda de produção do cortisol, substância conhecida como “hormônio do estresse”.
7 – A relação entre ar fresco e boa pressão arterial
Em ambientes fechados ou com muita poluição, o corpo precisa trabalhar mais para suprir suas necessidades de oxigenação. Trabalhar mais significa ter um aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, o que não é um bom negócio.
8 – O poder da respiração
Respirar é um exercício básico e involuntário que, graças aos inúmeros novos estudos a respeito, parece ser também um jeito fácil de resolver algumas questões de saúde física e mental – se você tem dificuldades para dormir, neste texto nós ensinamos uma técnica de respiração que promete ser bastante útil nesse sentido.
A verdade é que, ao que tudo indica, exercícios de respiração também diminuem a produção de hormônios relacionados com o estresse e, de quebra, ajudam você a lidar melhor com situações estressantes no futuro. Nesse sentido, vale saber que uma respiração acelerada é um prato-cheio para que seu corpo fique em estado de alerta e, consequentemente, estressado. Por outro lado, respirações lentas e profundas são capazes de deixar você mais calmo rapidinho.
A Receita
O exercício de respiração que você vai conhecer agora é chamado também de 4-7-8 ou, ainda, Respiração Relaxante. A promessa é ambiciosa: depois de realizar a série a seguir, é possível que você pegue no sono em mais ou menos um minuto. Preste atenção e boa sorte:
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Deixe a ponta da língua encostada à parte da gengiva que fica logo acima dos seus dentes da frente (no caso, do lado de trás dos dentes, em direção ao céu da boca) e a mantenha lá enquanto realiza o exercício;
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Esvazie seus pulmões completamente, exalando o ar pela boca até sentir que não há mais nada;
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Feche a boca e respire pelo nariz enquanto conta até quatro;
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Segure a respiração e conte até sete;
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Exale o ar completamente pela boca enquanto conta até oito;
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Repita esse ciclo mais três vezes e bons sonhos.
A etapa mais importante do processo é a de segurar a respiração por sete segundos – é esse o tempo necessário para que seu corpo receba mais oxigênio e comece a ficar relaxado o suficiente para deixar você prestes a cair no sono.
De acordo com Dr. Murray Grossman, quando o tempo de expiração é mais longo do que o de inspiração, que é o que acontece no exercício, nosso cérebro recebe a mensagem de que não há ameaças ou fatores estressantes por perto e, adivinha: isso faz nosso corpo querer dormir.
O exercício é bom também por outros motivos além da oxigenação – quando nos mantemos focados e começamos a contar, nossa mente também fica relaxada: nesse momento, só pensamos nos números, e não no aluguel que vai vencer ou na bronca que levamos do chefe.
Grossman recomenda que pessoas hipertensas também realizem esse exercício de respiração, já que o relaxamento corporal também diminui a pressão arterial. Para pessoas muito estressadas, o médico recomenda que o exercício seja feito até 10 vezes por dia – segundo ele, isso vai reduzir a quantidade de hormônios do estresse.
Os médicos que estudam essa técnica de respiração preferem não dizer que ela é uma cura para a insônia, justamente porque talvez ela não funcione para todas as pessoas. Ainda assim, os resultados são bastante positivos, e você pode testar em casa sem grandes dificuldades.
Alguns casos de insônia merecem tratamentos mais rigorosos, pois podem ser apenas um sintoma de algum tipo de distúrbio do sono – por isso, quando nada parece fazer efeito, o ideal é procurar ajuda médica. Se por acaso você resolver testar a regra do 4-7-8-, depois nos conte se deu certo.
9 – A oxigenação do seu corpo e o seu bem-estar
A serotonina é um neurotransmissor conhecido por afetar nosso humor, apetite, memória, comportamento social e outros processos importantes. Quanto melhor for a oxigenação no seu cérebro, maiores serão os níveis de serotonina. O ideal, é claro, não é ter a substância em excesso, pois isso pode provocar tensão e irritabilidade. Agora, se a serotonina está em baixa, você fica deprimido.
Respirar ar fresco ajuda a regular os níveis de serotonina e, consequentemente, promover sensações de felicidade e bem-estar. Além do mais, o ar “puro”, encontrado em ambientes naturais tem um efeito ainda mais relaxante em nosso corpo. O ar de ambientes não poluídos, como uma cachoeira em um lugar afastado, aumenta a amplitude das ondas cerebrais, o que cria um efeito tranquilizante imediato.
10 – Mexer na terra é ótimo
Quando você pensar em natureza, não se foque apenas em ar não poluído, árvores, passarinhos e cachoeiras. A terra também é uma fonte de energia e alegria, e isso já é cientificamente comprovado: uma pesquisa feita pela Universidade do Colorado revelou que uma bactéria inofensiva, encontrada no solo, pode agir como uma espécie de antidepressivo natural.
Isso acontece porque o tal microrganismo nos faz produzir mais serotonina, aquele mesmo neurotransmissor sobre o qual falamos no item anterior. A mesma bactéria parece também fazer bem ao nosso sistema imunológico. É claro que, em regiões muito poluídas, a dica de mexer na terra não vale, mas criar uma pequena horta em casa, por exemplo, é sempre uma boa ideia.
Fonte: www.meninodaporteira.com.br